sábado, 16 de fevereiro de 2013
Quase nada.
No intervalo que eu tenho de piscar os cílios numa aula de terceiro ano, acabo desviando a atenção e olhando pra menina sentada na cadeira da frente. Fico pensando como acho ela e o namorado tão lindos juntos, e me lembro do ano passado que alguém achava eu e meu namorado lindos juntos também. Hoje não existe mais ele,nem ninguém. Dando um giro de 180º na sala sobra só eu sentada nessa cadeira vivendo uma rotina que nunca pensei que fosse viver sozinha. Já ia repetir que não existe mais ninguém, mas lembrei que até tem você.Quase passo despercebida,desculpa, é que você é tão pela metade que quase não enxergo.Sou péssima em achar pino de brinco no chão. Quando cai,perco. Paciência eu tenho pra procurar,o que me falta é tolerância com coisas pequenas. Esse ano não tem ninguém pra passar pela minha sala e jogar beijo,não tem ninguém pra salvar meu intervalo com cochichos idiotas no ouvido. Mas tem você,né? Vamo lá,nada mal!! E será que tem mesmo? Sim,porque quando faço uma afirmação você sempre nega até que eu fique esperando seu posicionamento diante do nosso caso.Nosso ''casinho'',coisa medíocre.Mal resolvida. Não tem ninguém mas tem você com seu silêncio no chat,na mensagem,nas ligações. Tem você com suas respostas monossilábicas e o ''rsrs'' irônico.Tem você com seu tédio,sua sem-gracisse pra conversar,sair,viver. Ter você é quase não-ter já que você não é. Ter você é que nem tomar Vitamina C: borbulha,encanta e depois enjoa ou amarga na boca. Ter você é o mesmo que chupar picolé no verão, e ainda no sol de meio dia. Aos pedaços,caindo,pela metade. Não sei que parte sua tento salvar primeiro já que todas fogem de mim. Nunca dá pra saber se eu tenho ou não alguma coisa já que até sua metade consegue sem incompleta. Simplesmente insuficiente.
Assinar:
Postar comentários (Atom)
Nenhum comentário:
Postar um comentário